abril 03, 2010

reflexos de reflexões

E é nessas horas que você para e pergunta: mas onde é que isso tudo vai parar?
E aí, sua cabeça se transforma em algo que se assemelha a um álbum de fotos antigas.. você olha tudo aquilo e se recorda de cada pessoa, de cada momento.
Então entra o desespero.
Você conhece as conseqüências caso faça uma escolha errada. Escolha essa que pode, por vezes, mudar sua vida.
Seu coração acelera. As mãos suam frio. Sua mente dispara em busca de soluções.
E por toda essa angústia e falta de resposta, você cai. E existem vários tipos de queda: você pode cair em pranto, passar noites sem dormir e até se isolar do meio social, sem alternativas.
A queda, para muitos, é sinal de fraqueza, mas quem garante que os muitos não vivem em constante queda?
"Ah, isso passa..", "Fica tranquilo, o tempo cura tudo!" e tantas outras frases-clichê-pseudo-consoladoras às vezes até nos confortam (por minutos).
Você ouve uma música, senta do lado de fora da casa, observando mentes e mentalidades mescladas à paisagem urbana a qual você parece não pertencer.
E é nessa hora que você para e pergunta: mas o que é que eu estou fazendo?
E aí, sua cabeça se transforma em algo que se assemelha a um dicionário.. você recorre em busca de adjetivos, substantivos, artigos e significados que expliquem, exemplifiquem e dêem novos arestos.
Então entra a conformação.
Você sabe que não adianta se lamentar, não adianta querer que seu dicionário imaginário traga as respostas, pois ela está aí dentro.
E é quando uma calmaria estranha parece tomar o lugar daquela mente conturbada e frágil.
E é quando você vê que não vale a pena se entregar a qualquer tipo de sofrimento.
E aí você descobre que toda dor é passageira, mas que ela só te liberta quando você dá espaço à sabedoria.

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