eu não preciso de muito para imaginar tão pouco;
um pouco que me deixa acomodada até, de tão bom parecer ser..
um pouco que me conforta, mesmo que, às vezes, pareça impossível e muito fora do meu alcance.
eu não preciso estar sorrindo para lembrar de coisas boas;
elas simplesmente brotam na minha cabeça e, com a mesma simplicidade, arrancam um sorriso bobo e inacabado.
não, eu não preciso dormir para sonhar, e isso é parte de mim;
sabe, sonho parece plano. Mas só parece.
os meus é que se mostram já planejados com ações milimetricamente calculadas,
com situações, palavras e pessoas que se encaixam perfeitamente naquilo tudo.
eu só nao consigo contar com imprevistos.
é, não consigo, tudo já faz tanto sentido, tudo parece tão simples que,
não cabe contratempo.
e quando não contamos com o pior, nosso tombo acaba sendo maior.
simples, não?
o pior de tudo é eu não precisar de nada para me sentir, às vezes, incompleta.
e isso perturba, amedronta, consome.
sentir falta daquilo que, há muito, eu não via diferença se fazia parte do meu cotidiano ou não,
e sentir falta machuca, machuca de um jeito gradativo,
e quando vejo, já nao mais enxergo, só sinto.
e quando olho para dentro, já não consigo encontrar o que antes encontrava.
mas onde é que eu fui parar?
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